
Na medida em que o tempo passa, as pessoas vão se tornando cada vez mais saudosistas e passam a querer de volta aquele objeto que tiveram ou desejaram e que se perdeu ou ficou no passado, marcando para sempre suas vidas, seja durante a infância, adolescência ou mesmo na fase adulta.
Isto se aplica a brinquedos, discos, filmes, coleções e, é claro, equipamentos de som!
Afinal, quem nunca sonhou em ter um conjunto modulado de uma das marcas famosas de áudio fabricadas no Brasil em sua fase áurea entre os 70 e 90, marcas como Gradiente, Polyvox, Cygnus, CCE, apenas para citar algumas das indústrias que fabricaram no país, em particular na Zona Franca de Manaus?
Isso para não mencionar as famosas marcas internacionais de equipamentos de som, algumas delas só chegando por aqui por preços altíssimos e só acessíveis a uma parte muito seleta de consumidores exigentes naquela época…
Com a digitalização das mídias, incluindo músicas e vídeos, a nova geração passou a aderir, nos últimos 10 anos, à onda crescente do streaming; ou seja, os arquivos ficam na “nuvem” do servidor e são baixados e executados no equipamento do consumidor (i-pods, reprodutores de MP3 e telefones celulares) em tempo real.
A praticidade de se ter acesso aos arquivos por demanda e, muitas vezes, de forma gratuita, pareceu ter colocado um fim ao ritual de se tocar um disco ou reproduzir uma fita de áudio ou vídeo.
Mas, será que é isso mesmo?
O mercado de equipamentos de som (vintage) vem crescendo a cada dia e há quem pague praticamente “qualquer preço” por uma “peça rara”. Nunca se disputou tanto aparelhos em excelente estado e em perfeito funcionamento como nos dias de hoje. O que prova que ainda que algumas pessoas defendam que esse é um mercado de nicho, é um segmento que vem chamando inclusive a atenção de um público mais jovem, que também passa a interessar pela “pegada” vintage.
E você, como prefere escutar sua música favorita, na conveniência do streaming ou no ritual de um bom equipamento de som vintage?